sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O salto alto é um fator de risco?



Utilizar sapatos de salto alto é uma das melhores invenções do mundo para as mulheres . Há quem ache que não existe "Nada mais chique e elegante que um sapato alto, com bico fino...".    Mas será que o preço que se paga por tal elegância não é um preço demasiado alto? .   Segundo a opinião dos médicos alguns dos problemas do corpo são resultados do uso exagerado de salto alto.
Nem a plataforma passou no teste de salto amigo da saúde. Pelo contrário: de acordo com uma pesquisa do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, vinculado à Universidade de Paulo (USP), ela é o tipo de calçado que mais prejudica a circulação sanguínea na panturrilha. Para os pesquisadores, o uso cotidiano do sapato de salto é um fator de risco para o surgimento de varizes e de outras doenças venosas, como flebites e tromboses.

Trinta mulheres com idade entre 20 e 35 anos, todas com índice de massa corporal adequado e clinicamente saudáveis, sem problemas venosos, foram submetidas a exames sobre o impacto dos saltos na circulação sanguínea. Para isso foram testadas quatro situações: salto agulha com 7 cm, plataforma com a mesma altura, salto de 3,5 cm e sem salto (descalças).

Segundo o cirurgião vascular Wagner Tedeschi Filho, coordenador da pesquisa, quanto maior o salto, maior a limitação de ação da panturrilha. "A panturrilha é o coração da perna. O sangue, rico em oxigênio e nutrientes, desce para as pernas pelas artérias e retorna pelas veias, com detritos e gás carbônico, com a ajuda da panturrilha", afirma o médico. "A capacidade (da panturrilha) fica debilitada com o uso do salto alto", completa.

Apenas descalças as pacientes atingiram o índice desejado.

"Inchaço, dores, presença de vasinhos e sensação de peso são sintomas dos problemas de circulação", diz Tedeschi Filho. Os especialistas ressaltam que o salto alto é um fator de risco, mas não a origem dos problemas circulatórios. "Usar salto alto não é uma doença. Pode agravar sintomas, mas não tem implicações clínicas", explica o cirurgião vascular do Hospital Israelita Albert Einstein.

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